07/11/2010

Hoje é um bom dia. Estou em clima poético e tupiniquim. Botei o amor romântico pra fora. Estou me tratando razoavelmente.
Última sexta, na farra poética do Barkaça, lembrança pura e linda me veio, e eu quis compartilhar, mas o medo dos olhos me deteve.
Quando fazia a quarta série do ensino regular,eu tinha 9 aninhos e uma professora de literatura que, OBRIGAVA a mim e aos meus colegas, a ler 2 livros por semana e a escrever uma poesia também. No fim do ano, lançaríamos um livro com a melhor poesia de cada um. Infelizmente, não guardei as minhas poesias, e os exemplares do livro que tinha, desapareceram nessa minha vida nômade. Mas lembro muito bem da poesia de minha autoria que foi para o nosso livrinho. Lembro também o quanto fiquei nervosa na hora do nosso recital, eu tinha pegado chuva e meu cabelo estava feio, fiquei com medo. Eis:


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Hoje


Hoje é diferente de ontem
E é diferente de amanhã
Cada dia tem seu jeito
De começar pela manhã


Nunca acontece a mesma coisa
em dois dias diferentes
Podem aparecer soluções
ou problemas diferentes


Dia-a-dia, manhã bela
Hoje vamos começar
Uma maratona que acaba
Quando a noite vem a chegar


Dia-a-dia, noite bela
O dia já acabou
Foi embora mais um sol,
que nosso dia iluminou.


Gabrielle que ainda não era Rozz.


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*Primeiro indício de identificação com o Alberto Caeiro.

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